quinta-feira, 9 de abril de 2009

AMOR AO DINHEIRO




“O homem mais pobre que conheço é aquele que não tem nada mais do que dinheiro.”
John D. Rockefeller





Propagandas elaboradas, vitrines iluminadas, carros importados, celulares modernos, roupas caras, pessoas lindas e bem-sucedidas... Tudo isso induz o homem a colocar sua expectativa e esperança nos desejos materiais que nunca são preenchidos, pois não satisfazem sua real necessidade.
Os cursos de especialização em marketing, em artigos de luxo e em produtos de consumo crescem a cada dia, garantindo a perpetuação deste mercado sedutor. Até nas igrejas existe tal oferta, ainda que disfarçada de “dádiva de Deus”, “obrigação do Senhor” ou “devolução do diabo”.
Satisfazer as necessidades de consumo é hoje prioridade para a maioria das pessoas; no entanto, seus corações correm o risco de serem moradas do que Paulo advertiu e condenou: o amor ao dinheiro. “Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (1 Tm. 6.10).
O resultado dessa idolatria é sempre destrutivo, levando o ser humano ao aprisionamento, sofrimento e morte espiritual. Pois, “...cada um é tentado, pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tg. 1,14,15).
Na Bíblia, encontram-se relatos de pessoas que foram envolvidas pelo amor ao dinheiro e tiveram trágico destino: Judas Iscariotes ao trair Jesus, Ananias e Safira ao mentir para o Espírito Santo, Geazi ao ser seduzido pela oferta de Naamã.
Simão, o mágico, ao desejar comprar o poder do Espírito Santo, foi repreendido por Pedro: “O seu dinheiro seja contigo para perdição, pois julgaste adquirir, por meio dele, o dom de Deus” (At. 8.20). Até no templo a busca pelo dinheiro era favorecida (cf. Jo. 2.15), o que mereceu a intervenção enérgica de Jesus.
Aquele que é seduzido pela riqueza torna-se dela amante e escravo: “porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”, adverte Jesus (Mt 6.21). E logo depois declara: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas”.
Jesus disse que cuidaria de cada um dos seus, que estes não precisariam viver frenética e ansiosamente atrás de coisas materiais, porque o mais importante é o Reino de Deus.
Este cuidado divino tem sido rejeitado pelos cristãos. Todos se ocupam em atender aos seus prazeres e desejos e se esquecem de que estão se afastando do Senhor. Com discurso de uma “necessidade real e urgente”, estão trocando de deus.
Mas, o poder do dinheiro é ilusório e tira o homem do que deveria ser seu foco principal. Desvia-o de suas riquezas verdadeiras, ou seja, virtudes, descanso, paz, família, amigos e, principalmente de Deus.
A fé e o amor ao Senhor precisam ser demonstrados na prática. Os conceitos do mundo não podem ser os conceitos dos crentes em Cristo. Por isso, é dito na Bíblia que entrar no Reino de Deus é tão difícil; requer desprendimento das coisas materiais, prioridade em amar a Deus e renúncia aos próprios desejos.
Os verdadeiros cristãos têm pela frente esta batalha a travar: resistir às tentações diária e sedutoramente oferecidas pelo maligno através da sociedade de consumo, já que é nele que o mundo jaz.
A frase de John Wesley, avivalista inglês, resume bem este dilema: “Poucas coisas testam mais profundamente a espiritualidade de uma pessoa do que a maneira como ela usa o dinheiro, pois a verdadeira medida de nossa riqueza está em quanto valeríamos se perdêssemos todo nosso dinheiro. Por isso, quando tenho um pouco de dinheiro, livro-me dele tão logo seja possível, para que ele não encontre o caminho do meu coração”.
O coração de todo cristão deve ser preenchido pelo seu imenso amor ao Senhor a ponto de não haver lugar para outro deus em sua vida.

Rosane Itaborai Moreira

Um comentário:

Anônimo disse...

Depois que a terra cobre o rico é igual ao pobre, kkk, eu acho engraçado aquelas pessoas que lutam lutam e lutam para ter dinheiro, quando consegue vem junto a soberba, kkkkk, e depois o abatimento pelo Senhor, pois quando tem- se a soberba.... Então é isso, não é o dinheiro que faz mal, e sim o amor demasiado e suscetivel á ele!
té +.