segunda-feira, 21 de maio de 2012

CRISTO RESSUSCITOU!


“Encontraram removida a pedra do sepulcro, mas, quando entraram, não encontraram o corpo do Senhor Jesus. Ficaram perplexas, sem saber o que fazer. De repente dois homens com roupas que brilhavam como a luz do sol colocaram-se ao lado delas. Amedrontadas, as mulheres baixaram o rosto para o chão, e os homens lhes disseram: "Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui! Ressuscitou! (Lucas 24.2-6)
Esse acontecimento fundamental e essa frase tão gloriosa têm atravessado séculos: Jesus ressuscitou! 
A Ressurreição é o evento mais importante do Cristianismo e de toda a história da humanidade. Nada tão poderoso foi dito desde a criação do mundo.
A ressurreição do Senhor é a demonstração do imenso poder de Deus e de Sua soberania sobre a vida e a morte. Apenas o Deus criador seria capaz de devolver à vida aquele que já morrera.
A ressurreição de Jesus é também a garantia de que nós ressuscitaremos e viveremos eternamente com Cristo. É o fundamento da nossa fé e da nossa esperança. Como Paulo alertou os coríntios a esse respeito: “Se não há ressurreição dos mortos, então nem mesmo Cristo ressuscitou; e, se Cristo não ressuscitou, é inútil a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm. Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, dentre todos os homens somos os mais dignos de compaixão.” 
(1 Co. 15.13,14,19)
A Ressurreição é a vitória gloriosa e triunfante da Vida sobre a morte, pois Jesus morreu, ressuscitou e voltará! A morte não pode conter o nosso Salvador. Da mesma forma, nós não morreremos, antes, seremos participantes dessa vitória e viveremos eternamente com Cristo Jesus. “Quando, porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal, de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: "A morte foi destruída pela vitória".” (1 Co.15.54)
Há um hino que retrata o refrigério e o descanso que a ressurreição de Cristo proporciona às nossas almas: “Porque Ele vive, posso crer no amanhã; porque ele vive, temor não há. Mas eu bem sei, eu sei, que a minha vida está nas mãos do meu Jesus, que vivo está”.
Cristo ressuscitado é a nossa alegria, a nossa vitória, a nossa esperança...

Rosane Itaborai Moreira

segunda-feira, 7 de maio de 2012

SEPARAÇÃO E CONTRASTE



Sou de uma geração que ouviu falar muito sobre santidade. Na minha juventude havia uma preocupação sincera com a necessidade de se viver uma vida santa. Livros como “Em Seus Passos o Que Faria Jesus?” e a constante pergunta se Jesus faria o mesmo no meu lugar funcionavam como uma forma de freio moral. A luta contra os três grandes inimigos da santidade -- o diabo, o mundo e a carne -- era levada a sério. A vontade de resistir-lhes era grande. A luta era incansável.A busca pela santidade trouxe, para muitos, um tipo de paranoia, uma preocupação com a “perfeição” moral que negava o prazer. Isto levou alguns a abandonarem a fé, a fim de preservar a sanidade. Outros, sem abandoná-la, tornaram-se cínicos em relação ao discurso moralista cristão. As mudanças sociais dos anos 60 e 70 questionaram a herança cristã vitoriana, promovendo uma mudança de paradigmas.  
A partir dos anos 80, o tema da santidade perdeu força e interesse. Em seu lugar, entrou a preocupação com a “saúde espiritual”. Cresceu a busca por uma espiritualidade mais humana, centrada no bem-estar pessoal e no reconhecimento do prazer como expressão saudável da fé. Se o velho modelo era fundamentado na renúncia e no sacrifício, o novo foi construído sob o alicerce do prazer e da aceitação. 
Entramos no século 21 e percebemos que “saúde espiritual” tornou-se sinônimo de “saúde emocional” e substituto para a salvação por meio do arrependimento e da fé. Sentir-se bem e ter saúde emocional e espiritual é o que importa. O discurso cristão não é mais contracultural. O mundo e a carne deixam de ser inimigos. Ser cristão significa sentir-se bem e ajustado com a cultura secularizada. 
Contudo, o chamado para sermos santos permanece central para a vida cristã. Mesmo que nossa compreensão seja limitada ou condicionada por modelos culturais, a identidade cristã repousa sobre o fato de que Deus é santo e, porque ele é santo, somos chamados a ser santos como ele. E o que isso quer dizer?
O reverendo J. I. Packer afirma que a santidade envolve separação e contraste. A vida de Jesus ilustra bem isto. Por um lado, ele afirma que seu reino não é deste mundo (separação). Por outro, a forma como vive representa um enorme contraste com a cultura da época. Ser santo é ser separado do mundo. Não uma separação alienada ou esquizofrênica, mas sim uma separação que intensifica o contraste entre o mundo e o reino de Deus. 
Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, Deus chama e separa um povo para ser seu, um povo sobre o qual ele reina e governa. O profeta Jeremias reafirma o significado da aliança, dizendo: “Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Jr 31.33). O apóstolo Pedro faz coro, dizendo: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia” (1Pe 2.9-10).
Conversão significa responder ao chamado de Cristo em obediência e fé, renunciar o mundo e viver como povo santo de Deus. Isto requer separação e contraste. É por esta razão que Jesus disse aos discípulos que, se eles fossem do mundo, o mundo os amaria; porém, como eles foram chamados do mundo para Cristo, o mundo os odeia como também o odiou (Jo 15.18-19). Viver como Cristo viveu implica participar do mesmo sofrimento e das mesmas alegrias. Jesus afirmou: “O servo não é maior que o seu Senhor”.
A esperança para o mundo repousa neste povo separado por Deus. Um povo cuja vida, relacionamentos, conduta, ética, moral, expõem o contraste entre a humanidade pretendida por Deus e revelada em Jesus Cristo e a forma como o mundo e a cultura se estruturam sem Deus. Este contraste traz esperança para alguns, tensões para outros e, inclusive, incompreensão e perseguição. 

Pr. Ricardo Barbosa de Sousa
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