sábado, 24 de abril de 2010

PEDIR BEM


Jesus afirmou: “Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco.” (Mc. 11.24). E ainda: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.” (Jo. 14.13,14)
Declarações como essas são para nós, cristãos, um refrigério na alma, motivo de fé e perseverança nas orações.
Muitos, no entanto, encontram na oração o grande dilema do seu relacionamento com Deus. Isto porque suas petições não são respondidas. “Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás?” (Hc. 1.2)
Para estes, as afirmações de Jesus geram angústia, sofrimento e desconforto, às vezes, até mesmo revolta contra Deus. “Chegue a minha oração perante a tua face, inclina os teus ouvidos ao meu clamor; porque a minha alma está cheia de angústia, e a minha vida se aproxima da sepultura... Eu, porém, Senhor, tenho clamado a ti, e de madrugada te esperará a minha oração. Senhor, porque rejeitas a minha alma? Por que escondes de mim a tua face?” (Sl. 88.2,3,13,14)
Assim como o salmista, eles perguntam: “Rejeitará o Senhor para sempre e não tornará a ser favorável? Cessou para sempre a sua benignidade? Esqueceu-se Deus de ter misericórdia? Ou encerrou ele as suas misericórdias na sua ira?” (Sl.77,7-9)
É certo que Deus não deixou de derramar bençãos sobre seus filhos e que a Palavra de Deus não passará. Ela permanece eficaz e poderosa.
A Palavra nos dá a garantia da resposta das nossas orações. “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á” (Mt. 7.7,8). É ela também que nos ensina como e porque pedir: segundo a vontade de Deus, para cumprir o Seu propósito. “E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos.” (IJo. 5.14,15)
No entanto, Tiago afirma que há aquele que pede e não é atendido. Ele ensina que isso ocorre porque o que ora pede mal. Pedir mal é pedir contrário a vontade do Senhor, para a própria satisfação pessoal, quando o desejo não é o melhor para o Reino de Deus. “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.” (Tg. 4.3)
Para pedir segundo a vontade de Deus, precisamos, antes de tudo, conhecer os preceitos do Senhor que se revela através de Sua Palavra. E, ainda, ser cheio do Espírito, para que este nos conduza em oração a fim de glorificarmos a Deus. “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.” (Rm. 8.26)
Deus, em sua infinita bondade e conhecedor do coração de cada um de nós, sempre nos dá o melhor, mesmo quando pedimos mal ou não sabemos como pedir. “Todo caminho do homem é reto aos seus olhos, mas o Senhor sonda os corações” (Pv.21.2) “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração e provo os rins; e isto para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações.” (Jr. 17.9,10)

Rosane Itaborai Moreira

sábado, 3 de abril de 2010

O CORDEIRO PASCAL


A Páscoa foi uma festa instituída por Deus em lembrança da libertação dos israelitas da escravidão do Egito. O nome significa passagem, alusão à visita do anjo da morte que eliminou os primogênitos egípcios e preservou os hebreus cujas portas das casas tinham sido aspergidas com o sangue do cordeiro pascal (Ex.12.11-27).
Era uma festa com muitas regras a serem observadas pelo povo. O cordeiro morto tinha que ser sem defeito, novo e macho. Na mesma noite, o cordeiro assado deveria ser comido com pão asmo e ervas amargas, não devendo ser quebrados os seus ossos. Se havia sobra para o dia seguinte, esta devia ser queimada. Durante os oito dias da Páscoa não se podia comer pão levedado. Era tão rigorosa a obrigação da guarda da Páscoa que todo aquele que a não cumprisse seria condenado à morte (Nm 9.13). E aquele que tivesse qualquer impedimento legítimo, como jornada, doença ou impureza, tinha que adiar sua celebração até ao segundo mês do ano eclesiástico. Vemos um exemplo disso no tempo de Ezequias (IICr 30.2-3).
Para os cristãos, Jesus Cristo é o sacrifício da Páscoa. Perfeito e sem pecado. Isso é claro na profecia de João Batista, em Jo. 1.29: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" e na ordem do apóstolo Paulo: "Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado." (1Co 5.7).
Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus que foi sacrificado para salvação e libertação dos pecados de todo homem que crê. Para a saída da escravidão do pecado e da morte e entrada na liberdade que nEle há.
Para isso aprouve a Deus que a Sua morte acontecesse exatamente no dia da Páscoa judaica, apresentando de forma clara o paralelo entre o sangue do cordeiro e o sangue do próprio Jesus.
A Páscoa dos hebreus libertou-os da escravidão física e da opressão dos egípcios. O sangue de Jesus nos livrou da escravidão espiritual, do pecado e da morte eterna.
Como Paulo declarou “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). E ainda Pedro: “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (IPe. 1.18,19).

Rosane Itaborai Moreira