quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

POR DIAS MELHORES

As novas gerações sempre foram alvos de esperança de dias melhores. É natural desejar que, entre os jovens, surjam muitos que irão indignar-se com situações difíceis e liderar movimentos de mudança.
Apesar de não estar entre eles, necessariamente, a melhor solução, é o encontro do antigo com o novo que amplia os horizontes e traz outras possibilidades. E são eles que podem dar nova direção às diversas áreas da sociedade.
No entanto, a pós-modernidade é marcada por uma juventude bem diferente das anteriores. Ela não é mais inconformada com o presente e nem apresenta a preocupação em construir um futuro melhor. Não está interessada com o legado que irá deixar, com a história que irá edificar nem com as mudanças que irá produzir.
Não, os jovens dos dias atuais são marcados pela experiência sensorial, interessados no sentimento que irão provar e não têm perspectiva de futuro para eles mesmos.
Isso se reflete também na vida cristã, pois eles também tendem, na vida religiosa, a buscar apenas as sensações da próxima vivência e a não se preocupar com o fundamento e a essência do Cristianismo.
O grande desafio da igreja é resistir à tentação de se adaptar a esse momento. Não devemos, ou melhor, não podemos nos preocupar em oferecer a essa geração um modelo religioso que preencha às suas necessidades. Isso só iria produzir jovens mais vazios e imaturos, sem compromisso e sem convicção. E, como consequência, estaria sendo incentivada uma igreja sem identidade e marcada pela vulnerabilidade.
Ao contrário, trata-se de uma oportunidade preciosa, pois a falta de sonhos e objetivos concretos desequilibra a juventude, podendo produzir novos rumos e expectativas por dias melhores. Temos a obrigação de continuar apresentando-lhe Jesus como uma experiência real e a única solução para as suas angústias, desesperanças e anseios intermináveis por novas sensações.

Rosane Itaborai Moreira