terça-feira, 19 de agosto de 2008

EM BUSCA DA ARCA


A história da Arca de Noé é uma das mais conhecidas e comentadas das Escrituras. Esse fato bíblico é narrado também em outras fontes escritas externas à Bíblia, sendo que diversos documentos babilônicos descobertos relatam o mesmo dilúvio. O 11º tablete do Épico de Gilgamesh, a maior composição literária da Mesopotâmia, descreve uma arca, animais levados até ela, pássaros sendo soltos durante a grande inundação, a arca repousando sobre uma montanha e um sacrifício oferecido após a arca ter parado.
Segundo a Bíblia, a Arca de Noé era uma grande embarcação de madeira impermeabilizada com betume, com proporções semelhantes aos transatlânticos atuais. Depois do dilúvio, a arca teria repousado no Monte Ararate, antigo reino de Urartu.
Nos últimos anos tem aumentado o interesse na busca pela Arca de Noé. Muitas expedições já foram feitas ao Ararate (foto), uma cadeia com dois montes gêmeos, localizada na Turquia. Sabe-se de relatos, no decorrer da história, de um grande barco em uma montanha nesta região. Achados do século III d.C. mostram que tal fato era de conhecimento geral e que o barco ainda podia ser visto no Monte Ararate.
Hoje, muitos são os que afirmam a existência da embarcação no topo dessa montanha. Em geral, acredita-se que pelo menos uma parte da arca ainda está intacta, não no pico mais alto, mas em algum lugar acima do nível dos 10.000 pés. Encoberta sob gelo e neve na maior parte do ano, apenas em verões quentes a arca pode ser vista e até visitada. Existem muitos relatos documentados de visitas à embarcação, coleta de madeira e fotografias aéreas. Na década de 80, um participante ativo das expedições foi o ex-astronauta da NASA, James Irwin, hoje já falecido.
No entanto, não houve muita evolução na busca da arca. As visitas posteriores feitas ao local descrito pelas diversas expedições não evidenciaram nenhuma informação adicional significativa, o local exato das fotografias aéreas não pôde ser localizado e o número de expedições ao monte diminuiu muito na década de 90.
A Arqueologia continua em busca desta e de outras evidências que possam contribuir para comprovar a história bíblica. Os cristãos parecem estar muito interessados nesta prova, pois, conforme disse Ron Wyatt, um médico anestesista estudioso do assunto, “Se a Arca de Noé fosse real, então toda a Bíblia seguramente era fidedigna”. A credibilidade da Bíblia estaria condicionada à confirmação de um de seus relatos.
É interessante pensar que, apesar de todo o aparato tecnológico que permite até viagens espaciais e pesquisas em outros planetas, as dúvidas sobre o achado no Monte Ararate ainda não foram elucidadas. Falta de interesse em tal pesquisa, dificuldades de acesso à região ou providência divina, não importa. Deixemos de lado por um momento o que dizem os homens e apliquemos as palavras de Jesus: “Bem-aventurados os que não viram e creram” (Jo. 20.29).

Rosane Itaborai Moreira

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