quarta-feira, 2 de julho de 2008

DÍZIMOS E OFERTAS


As Escrituras Sagradas são permeadas de situações mostrando que Deus não olha o exterior do homem, mas se agrada do coração sincero, grato e disposto a obedecer. No que se refere aos dízimos e ofertas, o Senhor sempre os requereu aos filhos de Israel; mas, mesmo no período da Lei, no Antigo Testamento, quando sacrifícios e holocaustos eram freqüentes, Ele se alegrava com as ofertas voluntárias. Isto é observado em diversos momentos. Ainda na construção do tabernáculo, Deus fala através de Moisés: “Tomai, do que tendes, uma oferta para o Senhor; cada um, de coração disposto, voluntariamente a trará por oferta ao Senhor: ouro, prata, bronze...” (Ex 35.5). E o povo atendeu e “o que tinham era suficiente para toda obra que se devia fazer e ainda sobejava” (Ex 36.7). Em I Crônicas, o Rei Davi, ao fazer os preparativos para a construção do templo, diz ao povo: “Quem, pois, está disposto, hoje, a trazer ofertas liberalmente ao Senhor?” (29.5). O povo se dispôs e “se alegrou com tudo o que fez voluntariamente porque, de coração íntegro, deram eles liberalmente ao Senhor” (29.9). E Davi orou: “Bem sei, meu Deus, que tu provas os corações e que da sinceridade te agradas; eu também, na sinceridade de meu coração, dei voluntariamente, todas estas coisas; acabo de ver com alegria que o teu povo, que se acha aqui, te faz ofertas voluntariamente” (29.17).
No Novo Testamento, Deus revela Sua graça e Seu amor através de Jesus. Graça remete a reconhecimento e amor, a comprometimento. Embora liberto e tendo liberdade em Cristo, o povo de Deus ainda mais é convidado a ofertar voluntariamente. Em II Co 9.6,7, Paulo diz: “E isto afirmo: aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância também ceifará. Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria”. O Senhor continua o mesmo: Seu coração é comovido não pela quantidade de ofertas ou pela necessidade pessoal, mas porque sonda e conhece a disposição de cada um em ofertar e investir no Seu Reino voluntariamente. O cristão não é chamado a barganhar com Deus, a dar pensando em quanto Ele multiplicará sua vida financeira. O cristão é chamado a se relacionar intimamente com seu Pai, a fazer o melhor para Ele, a serví-Lo com amor e singeleza de coração. O Senhor não cobra além da possibilidade de cada um. Jesus honrou a viúva pobre ao dizer a Seus discípulos: “Em verdade vos digo que esta viúva pobre depositou no gazofiláceo mais do que fizeram todos os ofertantes. Porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; ela, porém, da sua pobreza, deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento” (Mc 12.43,44). Mas, mesmo sem exigir sacrifícios, Ele é fiel e nos abençoa com muito mais do que pensamos e pedimos, conforme o Seu poder que opera em nós.
Apesar de Deus não habitar, necessariamente, em templos feitos por homens, a igreja local é o ajuntamento do Seu povo, local abençoador de inúmeras vidas, onde se prega e se ensina a viver a Sua Palavra. Assim, dizimar e ofertar na "casa do Senhor" é investimento seguro, pois é investir no Reino de Deus.

Rosane Itaborai Moreira

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