"Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém." (Rm. 11.36)
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
A RAZÃO DA FÉ
Razão e fé cristã sempre tiveram uma rivalidade conhecida ao longo da História por disputarem a prerrogativa de explicar os questionamentos da humanidade.
À medida que a ciência passou a explorar e conhecer verdades que antes somente a fé penetrava, parece que foram sendo desvendados os mistérios de Deus. Assim, num mundo cada vez mais explicado pela razão, onde as distâncias diminuíram, partículas subatômicas são conhecidas e as células do nosso corpo podem ser visualizadas, os milagres vão parecendo cada vez menos sobrenaturais, já que, muitas vezes, são explicados pelo conhecimento humano.
É aí, quando o domínio da razão parece ser integral, que a fé se concretiza de maneira mais real e absoluta. É quando, não por ignorância e nem por falta de alternativa, decidimos que, em meio a tantas “explicações científicas”, o lugar da fé é inegociável.
Esse é um grande milagre de Deus: se fazer presente no meio da inteligência e do conhecimento humano, se revelar e preencher lacunas quando tudo já parecia ter sido explicado pela ciência.
No livro A Linguagem de Deus, de Francis S. Collins, diretor do Projeto Genoma e um dos cientistas mais respeitados da atualidade, há o relato de sua conversão do ateísmo ao Cristianismo. Collins fala de como, em meio à complexidade biológica do homem, conseguiu perceber as evidências da existência de Deus. Para ele, não poderia haver tantos sistemas organizados e inter-relacionados simultaneamente que pudessem ter surgido por meio de seleção natural. Ele argumenta que a maravilha e a ordem da natureza apontam para um Deus Criador, a fé sobrenatural em absoluta conformidade com a razão. O autor ainda conta como a morte e a ressurreição de Jesus Cristo se encaixaram perfeita e obrigatoriamente na lacuna que passou a existir entre ele e Deus.
Fé e razão devem caminhar juntas em prol da humanidade, mas a fé não deve ser cega e irracional e nem a razão precisa ser arrogante e intransigente. É necessário ter em mente o objetivo de conhecer e investigar a verdade e jamais esquecer da razão da nossa fé.
Rosane Itaborai Moreira
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